sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

o mar

o mar invadiu minha casa
derrubou os meus muros
tocou os meus segredos
levou embora os meus medos

o mar lavou os meus cabelos
confiscou minha fé
destruiu minha insegurança

o mar me fez perder tudo

o mar me fez começar do nada
construir tijolo por tijolo


(apenas o esboço de um poema escrito no avião de Recife para Petrolina no dia 21 de fevereiro de 2014)

Nas Nuvens

o avião
dança
por entre as nuvens

(e dança...
e dança...
e como dança!)

seria mesmo lindo
transformar a turbulência
em poesia

Sina

sem norte
nem sorte

sem bota
nem rota


(Cabedelo, janeiro de 2014)

Carnaval

Por tudo o que é sagrado:
eu não abro mão
do meu lado profano


(Petrolina, 21 de fevereiro de 2014)