Naquela tarde eu estava tão desanimado e cansado, que resolvi deitar um pouco no sofá. Sem conseguir dormir, eu comecei a passear no pensamento e a imaginar um pôr-do-sol avermelhado. De repente, eu estava ali, em plena relva, ouvindo o canto dos pássaros e o barulho das águas do rio que passava por ali, e sentindo a brisa no rosto e o cheiro da flora, tendo o entardecer colorido como fundo. E não havia mais cansaço nem desânimo, apenas as sensações da natureza e um sentimento de integração com todos e com tudo. Quando voltei a mim, e abri os olhos naquela sala, eu era somente serenidade e felicidade. Ai de quem não sabe o que é carregar um pôr-do-sol dentro do peito!
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